quinta-feira, 4 de junho de 2009

PROJETO ECONOMIA DA EXPERIÊNCIA REALIZA PALESTRA SOBRE A HISTÓRIA DO TURISMO

Numa era em que o turismo é um negócio abrangente e importante para a economia, com pacotes que cabem em quase todos os bolsos,  divididos em um grande número de parcelas, é difícil imaginar a origem exclusivista da atividade. No século XVIII, se deslocar do endereço de residência para áreas de descanso era uma prática restrita aos nobres, chamada de vilegiatura.
 
A evolução do setor desse tempo até os dias atuais foi o assunto da palestra “Da vilegiatura ao turismo moderno”, realizada nesta quinta-feira, 4, pelo diretor do Museu Imperial e coordenador do Curso de História da Universidade Católica de Petrópolis, Maurício Ferreira, no auditório do escritório regional do Sebrae/RJ, em Petrópolis.
 
Na platéia, empresários dos ramos de hotelaria, gastronomia e do setor cultural, artesãos, guias de turismo e representantes de agências de receptivo do município. A iniciativa faz parte do projeto Economia da Experiência, desenvolvido pelo Sebrae/RJ.
 
“Pensar historicamente não é privilégio dos historiadores. É um dever de cada cidadão, especialmente em uma cidade como Petrópolis, cujo tema cultural está diretamente ligado às dimensões históricas”, declarou o diretor do Museu Imperial. Segundo ele, “é importante que todas as pessoas envolvidas nessa atividade dediquem um tempo da sua reflexão para esse tema”.
 
O historiador falou dos fatores que levaram à mudança de padrão do segmento, proporcionando aos poucos a criação da infra-estrutura que garantiu a inclusão das demais classes sociais. O conceito também evoluiu. Se na época clássica da vilegiatura a meta era o descanso ou o restabelecimento da saúde, no século XIX o turismo  passou a ser sinônimo de conhecimento – de lugares e culturas.
 
Hoje, de acordo com a gerente regional do Sebrae/RJ e gestora do projeto Economia da Experiência, Jaqueline Baptista,  o setor passa por uma nova transformação. O reconhecimento da importância das emoções. “São as experiências vivenciadas pelos turistas que geram a motivação para novas viagens. É preciso ir além dos pacotes tradicionais e oferecer também sensações, estimular os sentidos com paladares, aromas e oportunidades únicas e tudo isso tem muito a ver com a história singular de cada lugar ”, define a gerente.
 
Até o final do mês, estão programadas outras três atividades do projeto Economia da Experiência em Petrópolis: dois workshops “  Reconhecimento do situação atual”, voltado para o diagnóstico do mercado,  e “Inovação e criatividade”; além da oficina “Como encantar clientes contando histórias”. 

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