quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PRESIDENTE DA COMDEP E VEREADOR THIAGO DAMACENO VISITAM ATERRO SANITÁRIO DE NOVA IGUAÇU

O Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Petrópolis, vereador Thiago Damaceno (PV), acompanhado pelo presidente da Comdep, Anderson Juliano, visitaram nesta quarta-feira (19.08) o aterro sanitário de Nova Iguaçu, reconhecido como o primeiro projeto do mundo baseado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto a ter registro aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O objetivo da visita foi conhecer o funcionamento do espaço e obter informações sobre a certificação dos créditos de carbono, feitas pela concessionária que administra o espaço em conjunto com o município da baixada fluminense. Damaceno elogiou a estrutura e ressaltou que Petrópolis pode também ser beneficiada e conseguir gerar renda proveniente do aterro. “Petrópolis produz cerca de 750 m³ de gás por dia. Temos que capitalizar essa produção e transformar em recursos para o município. O trabalho realizado em Nova Iguaçu é ótimo e deve servir como exemplo para Petrópolis, que tem capacidade para se tornar uma referencia no quesito ambiental”, afirmou.

Todo lixo produzido na cidade da Baixada Fluminense e por empresas geradoras de resíduos de outros municípios é transformado no aterro em energia limpa. O gás metano, que é vinte e uma vezes mais agressivo à atmosfera que o gás carbônico, passa por um tratamento até virar fonte de energia. De acordo com técnicos da CTR, o gás que é produzido no aterro petropolitano pode gerar até 400 mil euros por ano em créditos de carbono. Ainda segundo o corpo técnico da concessionária que administra o aterro da baixada, o custo para a viabilização do projeto de certificação gira em torno dos R$ 3,5 milhões.

Para Anderson Juliano, a idéia é que alguma empresa possa participar junto com a Prefeitura e assumir o custo inicial do projeto. “Precisamos de uma parceria público-privada para concretizarmos o projeto de certificação. O objetivo de nossa visita é conhecer todo o processo da transformação de uma área que antes era apenas um lixão e que foi transformado em um aterro sanitário de fato, feito pela Prefeitura de Nova Iguaçu. Queremos desenvolver algo que seja viável para o município petropolitano e renda bons frutos tanto em termos econômicos quanto em termos ambientais”, completou.

O Banco Mundial assinou um contrato com o aterro sanitário de Nova Iguaçu para a compra de créditos de carbono para o governo da Holanda até 2012 e adquire 2,5 milhões de toneladas de carbono equivalente que o Brasil deixa de lançar na atmosfera.

“Por dia, Petrópolis produz cerca de 250 toneladas de lixo e precisamos que o processo de recolhimento e tratamento do lixo torne-se algo que renda dividendos, como a geração de energia e créditos de carbono, feito em Nova Iguaçu”, ressaltou Damaceno.

O aterro sanitário de Nova Iguaçu possui um 1,2 milhões de metros quadrados. Mais de 40% é destinado ao depósito de 60 mil toneladas/mês de resíduos produzidos pela cidade da baixada fluminense. No aterro de Pedro do Rio, a área é de 275 mil metros quadrados.

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