segunda-feira, 28 de março de 2011

INTERVENTOR RESPONDE QUESTIONAMENTOS DOS VEREADORES SOBRE TRABALHO DA AUTOBUS

A respeito dos questionamentos proferidos pela Câmara de Vereadores em relação ao trabalho executado nas empresas de ônibus sobre intervenção, o interventor da Autobus, Seraphin José Claudino, destacou que todo processo está sendo conduzido de maneira transparente e democrática e que não existe nenhuma razão para subjugar informações sobre a condução do trabalho exercido durante este período da intervenção.

Ele afirmou que “a Autobus não dispõem de linhas de crédito para adquirir qualquer tipo de veículo novo”. Claudino também destaca que “mesmo se houvesse a disponibilidade financeira, o procedimento para operações desta magnitude necessitariam de aprovação formal por parte dos acionistas da empresa, representantes legais e dos seus proprietários”.

Outro ponto ressaltado por Claudino é que “a compra de novos ônibus não seria algo viável para os proprietários das empresas, pela incerteza quanto ao futuro das mesmas (empresas sob intervenção)”. Claudino também cita que “não haveria como justificar patrimônio de tal vulto e custo, diante do pouco tempo de permanência do poder público como gestor”.

Ainda sobre a compra de novos ônibus, o interventor coloca que “os valores apresentados para a execução da compra de novos veículos por meio de financiamento não seria o de R$ 196.663,68. O total da compra seria o de R$ 270.774,05”, detalhou ele.

Interventor esclarece discrepância de valores

Sobre a questão da discrepância de valores, o interventor menciona que se comparar valores de aluguel com parcela mensal proveniente de financiamento, haverá sempre uma diferença.

“Esse números são originados de operações matemáticas de naturezas financeiras diferentes. O aluguel se encerrará muito provavelmente em três ou quatro meses, enquanto o financiamento teria duração de, no mínimo, três anos, com parcelas sendo pagas muito após a conclusão do processo de intervenção”, salienta Claudino.
O interventor continua e diz que “vale elucidar aos vereadores que o município não está comprando ou alugando nenhum ônibus. A realização destas operações está sob responsabilidade das empresas, que respondem ainda como empresas privadas, com CNPJ ativo. Todas as operações diárias, como a compra de insumos, combustível, pagamento de empregados, entre outras ações, são custeadas com recursos por elas gerados, sem a necessidade de ocorrerem licitações para tais atributos”.

Questões administrativas estão sendo conduzidas de forma conciliadora

Outra questão colocada em pauta por Claudino é a dificuldade de conciliar o rigor profissional, já que o trabalho atual influência diretamente no cotidiano de uma parte da população e as questões administrativas, com a exigência de uma compreensão do papel do interventor dentro da empresa que foi constituída por gerações ao longo do tempo.

“O esforço dos interventores tem sido conciliar o acordo relacionado com os trâmites estabelecidos nos decretos de intervenção, com o aspecto funcional e até emocional do evento. Vale lembrar que esse processo é inédito em Petrópolis, com características próprias. Essas são algumas dificuldades encontradas. Vale lembrar ainda que os três interventores estão à frente do gerenciamento de empresas que há mais de 70 anos são de famílias que daqui tiram seu sustento. Temos que ter o rigor profissional em mente, além da compreensão do que significa para essas pessoas o processo interventivo”.

Interventor convida membros do legislativo para visitar instalações da empresa

O interventor da Autobus disse ainda que está com as portas da empresa abertas para que qualquer membro do legislativo possa fazer uma visita e observar a condução dos trabalhos no dia-a-dia. “Fica aqui registrado o convite para que todos os vereadores possam ver como funciona o sistema e o trabalho hercúleo que tem sido feito para que a população possa ter os ônibus da Autobus em circulação na cidade”, concluiu Claudino.

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