sexta-feira, 27 de maio de 2011

PAIS DE ALUNOS E MORADORES DE ARARAS DIZEM SIM À OBRA EM ESCOLA

O secretário de Educação, William Campos, e o secretário de Obras, Stênio Nery, realizaram uma reunião com os pais de alunos da Escola Municipal Professor Prado, em Araras, e moradores da região para saber a opinião deles sobre a reforma da instituição. Essa medida foi tomada pelo secretário de Educação por conta de ONGs que foram à mídia se manifestar em relação ao espaço ocupado pelo prédio, que foi construído em 1961. Mesmo a reunião sendo na parte da tarde, às 15h, 195 pessoas compareceram. Ao serem questionadas sobre a obra, todas levantaram as mãos se colocando à favor da continuidade do projeto.

“A ordem que o prefeito nos deu é lutar por essa obra porque as crianças comiam em pé, tinha infiltração, embolso caindo. Antigamente quando eu era oposição, eu reclamava pela falta de obra. Agora reclamam porque tem obra. Essa escola ficou décadas sem nada e agora querem atrapalhar. Já elencamos 32 escolas para serem reformadas e vamos fazer em mais de 90. Está acontecendo essa palhaçada porque ano que vem tem eleição. Tanto que somente está aqui a Terezinha Almeida, do Projeto Araras, porque ela quer a mudança de local e veio aqui mostrar suas intenções. Já os demais não compareceram, mesmo sabendo da reunião, que saiu a data na imprensa”, disse o secretário de Educação, William Campos, que também agradeceu ao pastor Douglas Humberto, que permitiu que a reunião fosse realizada na igreja.

Instalada há 50 anos, essa é a primeira vez que a instituição recebe uma grande intervenção. No período de obra, os alunos estão estudando num prédio próximo ao local.

Durante a reunião, alguns pais perguntaram sobre a segurança do prédio e ainda ressaltaram que o local não foi atingido pela chuva de janeiro. O secretário de Obras, Stênio Nery, que é engenheiro, deu explicações sobre a reforma, que está parada. Ele informou ainda que enviará os projetos da obra ao Inea para ser avaliado.

“A reforma em si não resolveria o problema. Nós fizemos um acréscimo no projeto que por lei já está aprovado. O projeto é um prédio de dois pavimentos, sendo o primeiro piso elevado. Já fizemos avaliação do solo, ficando a estrutura dez vezes mais forte. A escola terá novas salas, banheiro e refeitório, além de acessibilidade e segurança para dar a tranqüilidade e um espaço que vocês merecem. Quando eu cheguei pela primeira vez na escola, eu me perguntei como é que um professor trabalha num lugar desses. Eu jamais gostaria de ter um filho num ambiente como eu vi. É um pedido antigo e que nenhum prefeito antes atendeu. Estamos usando verba federal que só pode ser usada na Educação”, disse o secretário de Obras, referindo-se ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cujo valor empregado na reforma é de R$ 1,2 milhão.

De acordo com a direção e os pais de alunos, a escola estava em péssimas condições e necessitando há anos de obras.

“Não é segredo para ninguém que essa escola estava terrível, com vazamento, não havia refeitório para as crianças, tivemos que desativar o ProInfo porque não tínhamos condições de realizar aulas de informática. A obra é importante é com ela vamos poder aumentar o número de vagas, vamos poder realizar as atividades do Mais Educação que estamos inseridos, voltar a usar o laboratório. Imagine todas as nossas atividades numa escola reformada...”, declarou a diretora da Escola Municipal Professor Prado, Sueli Teresinha Fernandes Pacheco.

A doméstica Simone Cristóvão, de 31 anos, mãe de aluno, deu sua opinião sobre a reforma. “Tinha necessidade de ter a obra porque não tinha espaço para as crianças. As paredes eram cheias de buraco”, disse Simone, assim como Luis Fernando Dias Faria, de 47 anos, caseiro e pais de aluno. “Fiquei aborrecido quando embargaram a obra porque aqui precisava de uma reforma boa. Entra prefeito, sai prefeito e ninguém nunca fez nada. Agora que fazem resolvem embargar”, declarou.

Veja abaixo alguns depoimentos sobre a reforma da escola: (FOTOS DOS ENTREVISTADOS ANEXADAS)

“Três filhos meus já estudaram aqui e agora minha menina de 9 anos está na escola. Sou a favor da obra e que ela termine logo para que as crianças possam ficar na própria escola”, disse a dona de casa, Luciana da Conceição Guimarães Ribeiro, de 38 anos.

“Eu achei um absurdo tudo o que está acontecendo até agora para essa obra não acontecer. Qualquer um vê que precisa, que tem que ser feita. A escola sempre esteve ali, agora querem se manifestar”, disse a mãe de aluno, Luciene Andresa dos Santos, de 27 anos.

“Criança tem que estar na escola. Não sou contra a obra de jeito algum. A escola existe há muitos anos”, disse a doméstica, Silvana Aparecida Gomes, de 31 anos.

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