domingo, 16 de junho de 2013

BERNARDO ROSSI QUER LIGAÇÃO BINGEN-QUITANDINHA COMO PRIORIDADE


O petropolitano vai ter de esperar de quatro a cinco anos pela execução total da nova pista de subida da Serra. Com um atraso de 17 anos, a intervenção na Rio-Petrópolis-Juiz de Fora, dividida em cinco lotes pela Concer, concessionária que administra a via, começou nesta sexta-feira (14.06), porém, no município de Duque de Caxias. A Concer não sabe precisar em quanto tempo cada etapa será concluída e aponta três anos como prazo final de entrega da obra. A ligação Bingen-Quitandinha, prevista no quinto e último lote, pode ser antecipada, mas só começaria daqui a um ano, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

"A Concer não faz nada por Petrópolis. E a duplicação começa em Caxias. Serão de quatro a cinco anos de obras por causa da complexidade de se fazer um túnel de cinco quilômetros e enquanto isso vamos continuar usando uma pista sem manutenção, com risco de acidentes a cada metro, engarrafamentos constantes e com prejuízos para indústria e comércio da cidade. Então, o nosso apelo é para que pelo menos a ligação Bingen-Quitandinha comece já", defende Bernardo Rossi.

O primeiro lote, com custo de R$ 62.481.163,75, contempla as obras situadas em Duque de Caxias, entre os kms 103 e 97. Está prevista uma nova praça de pedágio e uma nova via entre Xerém e Vila Bonança e vias marginais até a localidade do Aviário, que permitirão a separação do tráfego local do de longa distância, além de possibilitar o acesso direto de moradores de Xerém ao Centro de Duque de Caxias.

“A área, em Caxias, é considerada um dos maiores gargalos rodoviários do Estado, mas estão esquecendo que a subida a Serra é penosa, com um tráfego altíssimo em horários de pico. Os acidentes com veículos pesados são constantes e a estrada chega a ficar fechada por horas", aponta Bernardo Rossi.

A nova pista faz parte dos lotes 2, 3 e 4. Eles vão do km 97, em Caxias, ao 80, chegando na entrada de Petrópolis. “Sem dinheiro para toda a obra, a Concer, para os lotes 2, 3 e 4, que são efetivamente a nova pista, vai precisar de socorro do governo federal. Nem para o faraônico túnel que ela mesma projetou, a Concer tem a verba necessária", aponta Bernardo Rossi. A liberação de recursos públicos somará R$ 2,8 bilhões e alcançará outra concessionária, a CCR, responsável pela Via Dutra e pela Ponte Rio-Niterói.

OBRA MAIS CARA DO QUE O PREVISTO: QUASE R$ 1 BILHÃO PARA 20 QUILÔMETROS

No contrato de concessão firmado em 1995, a Concer previa investir R$ 80 milhões para a nova pista de subida da serra. A obra foi adiada sucessivamente até que em 2011 a empresa apresentou o projeto e a conta de R$ 830 milhões. A concessionária, no entanto, alegou não ter o montante e atrelou a nova pista a um aporte do governo federal ou a prorrogação de seu contrato, que expira em 2011. No ano passado, as estimativas subiram para R$ 862 milhões e no lançamento da obra nesta sexta-feira, um novo valor, de R$ 917 milhões.

“A Concer conta com recursos da União de mais de R$ 600 milhões e que podem ser trocados pela prorrogação do contrato com a concessionária. O que nos preocupa é uma obra difícil, que pode atrasar pela complexidade e ainda nos vermos submetidos a uma dilatação da administração da rodovia nos termos de hoje, sem compromisso com usuário, sem o básico como radares, iluminação, monitoramento e pistas de qualidade", completa Bernardo Rossi.

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