domingo, 15 de dezembro de 2013

HOMENAGENS MARCAM ENTREGA DO PRÊMIO ALCEU AMOROSO LIMA

A entrega do Prêmio Alceu Amoroso Lima – Direitos Humanos 2013 foi marcado por homenagens e lembranças do saudoso Dr. Alceu. Os agraciados da noite, que também celebrou os seus 30 anos de falecimento e os 30 anos de criação do Centro Alceu Amoroso Lima, foram: Dom Demétrio Valentini, Padre Paolo Dal’Oglio e o Movimento Passe Livre pelo destaque na luta pela justiça, pela paz, pelos direitos humanos.

“Dr. Alceu tinha em si muito profetismo e esperança e nos deixou os mais belos exemplos e mensagens para esta luta em defesa dos direitos humanos. Pela primeira vez, nesses 30 anos, consagra-se uma personalidade fora do país, a do padre jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio, ativista da paz, exilado da Síria, pelo confronto no regime al-Assad, e, subsequentemente, sequestrado por rebeldes, em 23 de julho de 2013, não se sabendo, ainda, se continua em vida. Bispo de Jales, D. Demétrio Valentini, teve desempenho fundamental na Presidência da Cáritas Brasileira, e como membro da Pastoral Social do CELAM. Representa, hoje, a Igreja no Conselho Econômico e Social da Presidência da República. Por força, o ano deveria também, na sua premiação, exprimir o reconhecimento das manifestações de protesto coletivo e desagravo múltiplo por aspirações de justiça coletiva no país. Paradigmático entre todos – e, exatamente, o primeiro – foi o Movimento Passe Livre, que timbra em não se assimilar a qualquer manifestação político-partidária, ou expressão de ONGs ou instituições religiosas”, declarou o Dr. Candido Mendes.

A data também marcou o lançamento de três livros: “Vigília e Testemunho”, de Marina Bandeira; “Desejo e Mistério: Vários Olhares sobre a Sexualidade”, dos organizadores Edson de Almeida, Lúcia Ribeiro e Maria Helena Arrochellas; e “Guia do Acervo do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade – Coleção Correspondência Alceu Amoroso Lima”, organizado pela arquivista Fátima Argon.

A diretora do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, Maria Helena Arrochelas, destacou a importância do prêmio: “Esta é uma forma de mantermos vivos a memória e história de Dr. Alceu. Uma pessoa incansável nessa luta. Estou muito feliz de unir passado, presente e futuro nesse tempo do advento num momento tão importante para os direitos humanos”.

O prêmio, instituído em 1983, é conferido, anualmente, nos anos impares a pessoas, organizações, instituições e grupos que se destacam na luta pela justiça, pela paz, pelos direitos humanos fatores fundamentais para termos garantidas a construção de uma sociedade menos desigual e mais fraterna. Nos anos pares, o prêmio é outorgado a poetas que tratam do tema.

“Esse é um dia nostálgico. Nosso paradigma nos tempos de seminário sempre foi Dr. Alceu. Ele foi símbolo para a nossa produção literária.É uma honra receber este prêmio e aqui diante de todos redireciono aos seus verdadeiros destinatários: para as pastorais, Cáritas e CNBB”, disse emocionado Dom Demétrio Valentini, um dos agraciados da noite.

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